26.6.07

Au! Au!

Hoje tomei uma "bronca" da minha analista porque ela descobriu que a chamo de "veterinária". Isso me lembrou uma historinha da época do estupidismo, que não tem nada a ver com análise, mas tem a ver com vererinário. Aliás, não, tem a ver com cachorro. Mas prá que é que eu tô explicando isto? Me lembrei da história e pronto, já basta.

Tenho um amigo que defende a teoria de que os cachorros são muito mais evoluídos em termos de linguagem que nós, seres humanos. Por exemplo: na origem, dizia-se, em português, "Vossa Mercedes". Então, era um tal de "Vossa Mercedes poderia isto?" "Trouxe uma carta do imperador para Vossa Mercedes!" - e assim por diante. Com o tempo, simplificou-se isto para "vosmecê", depois pra "você" até que, hoje, estamos quase adotando definitivamente o "cê".

Isso acontece com outras palavras, como "tá", "belê", "sussa" etc. (que, na verdade é "et cetera")

A idéia desse meu amigo é que os cachorros estão muito mais avançados. Resumiram tudo a "au". Querem que o intruso vá embora? "au, au, au, au, au!!!!". Querem brincar? "au, au, au, au!". Têm fome? "Au! Auau!".

Isso não é apenas um som. É efetivamente uma linguagem. Tanto que, se nós dissermos pro cachorro: "deita!", ele vai e se deita. "Senta", ele igualmente obedece. "Junto!"... Ele entende também. Entende tudo, está a par da nossa linguagem. O contrário é que não ocorre. Quando o cachorro quer sair pra passear, ele inicialmente respeita nossa inteligência e diz, em alto e bom cachorrês: "Au! Au! Au!". Mas nós fazemos aquela cara de idiota - "Que foi, Totó? Que cê quer?". Daí o cachorro cansa de tentar falar com burro e vai até a porta, pega a coleirinha e fica fazendo mímica, pra ver se a gente entende. Daí, sim, nós, ainda com cara de bobos, pegamos a corrente e colocamos neles, falando qualquer coisa ridícula como quem conversa com criancinha.

Tanto a evolução canina é veradeira que, entre eles, os cachorros estão mais avançados ainda! Dispensaram a lingagem latida. Para qualquer coisa que um queira dizer ao outro, basta cheirar o trazeiro. Uma forma quase telepática de se comunicar. E universal.

É ou não é?

2 Comentários:

At 10:00 AM, Blogger Principessa said...

Espero que o problema entre você e a sua terapeuta seja somente semântico. A parábola da linguagem canina foi bastante significativa. Pare de falar e comece a latir!

 
At 11:16 PM, Anonymous Anônimo said...

Adorei!!!! Au, au!!! Dãhr! Vc não entendeu, né? Bjs

 

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