Prá que tentar?

Entrei num barzinho pseudo-intelectual. No balcão, tinha uma menina que, cuidadosamente, se produziu pra ficar desleixada e, na frente dela, um cara que tomava todo cuidado pra fazer aquela voz melosa, de quem é tão inteligente que tem preguiça de falar, provavelmente por estar à beira da telepatia.

Não queria prestar muita atenção no casal não, mas não pude evitar ouvir, quando passei por eles, o rapaz dizer pra menina: “Sabe, eu acho que toda generalização é pernóstica...”

Ele quis dizer “perniciosa”... Nunca um ato-falho foi tão adequado.