Gente rigorosa...

Curiosíssimo. Tenho um amigo, aqui, que propôs, perante o juizado especial cível do Distrito Federal, uma ação para reaver o valor pago por uma TV que simplesmente pifou com menos de três meses de uso. Tudo certinho, documentado, o fato principal não foi contestado... enfim, açãozinha fácil, fácil de julgar.

Ela foi proposta em julho do ano passado. Em setembro, ocorreu uma audiência de conciliação, infrutífera. Em outubro, o TJ/DF teve a brilhante idéia de promover uma estranha “rodada distrital de conciliação”, no Ginásio Poliesportivo (tipo, como assim? Parece convenção de igrejas evangélicas, bizarro). Meu amigo não compareceu porque foi votar em SP. Justificou por petição, mesmo porque nem existe previsão pra essa audiência louca na lei.

Pois de lá pra cá, já há quase um ano, não aconteceu absolutamente nada no processo. Mistério total. Ele peticiona, pedindo andamento, e ninguém responde. Nada.

Conversamos com uma juíza daqui, que conhece o magistrado responsável pelo caso. Perguntamos se ela tem idéia do que pode estar acontecendo, e ela nos advertiu: Cuidado, porque o juiz dessa causa é muito rigoroso!

Daí eu até que consegui segurar o riso (foi difícil)... mas não pude evitar pensar: Por que é tão comum que as pessoas mais “rigorosas” sejam as mais incoerentes? Cadê o rigor com o próprio trabalho?